Chili

Eu tenho algumas fases para comida. De tempos em tempos, costumo encrespar com uma receita, um ingrediente… e dessa vez, estou viciada em chili. Só que estava somente comendo em restaurantes. Todas as receitas que tinha visto, pareciam ter muitos processos e estava com uma certa preguiça.

Aí, num belo dia, acordei atacada e resolvi que iria tentar. Misturei a receita de um amigo com algumas que achei na internet e dei um toque pessoal. Eis aqui o resultado.


 
500 g de carne da sua preferência (usei coxão mole)

500 g de feijão cozido (carioquinha)
1/2 cebola grande ou uma média inteira picada
4 dentes de alho
1/2 pimentão vermelho beeeeeeeeeem picado (eu troquei o pimentão natural por duas colheres de um pó de pimentão doce que tinha aqui para provar)
1 lata de tomate pelado
1 lata de 130g de extrato de tomate
150 g de cheddar processado
pimenta branca moída a gosto
pimenta-do-reino preta moída a gosto
duas colheres de molho de pimenta
coentro picado a gosto
Primeiro, refogue a cebola, o pimentão e o alho. Aí, coloque a carne e deixe ela cozinhando até perder todo o tom rosado. Tempere com o sal e as pimentas moídas (deixe o molho para colocar no final para você checar se precisa ou não ficar mais picante para o seu gosto) e misture. Acrescente o extrato de tomate e o tomate pelado, misture bem, amassando os tomates que estão inteiros. Deixe cozinhar até engrossas e acrescente o feijão. Quando começar a ferver, coloque o cheddar e mexa até que ele derreta. Aí, complete com o molho de tomate e coentro de acordo com o seu gosto.
Servi com nachos e também fiz guacamole para completar o cardápio mexicano da noite.

Chocolate com morango

Alguns já sabem que, desde que a minha filha nasceu, faço bolos para comemorar os aniversários dela. Fiz em todos os meses de seu primeiro ano e, depois, passei a fazer só no 21 de janeiro. 

Com sua personalidade forte e seu jeito decidida, Clarice escolheu os últimos sabores que eu fiz. Para os três anos ela foi categórica: chocolate com morangos.

   
Como a passagem de dois para três foi uma viagem sem igual entre risadas e momentos em que tinha que manter o semblante sério para a bronca fazer sentido, assim como vi uma bebê se transformar numa criança super especial, que sabe o que quer, não podia escolher qualquer bolo de chocolate.

Busquei apoio na minha biblioteca gastronômica para achar um bolo trufado de chocolate. Ele fica parecendo uma torta, com uma textura de mousse mas, mesmo assim, vamos continuar chamando de bolo.

Os ingredientes:

  • 3 ovos
  • 150g de açúcar 
  • 3 xícaras de água
  • 200g de chocolate meio amargo
  • 135g de manteiga
  • 20g de farinha de trigo

Quebre os ovos em uma tigela, bata como se fosse para um omelete e reserve. Coloque a água e o açúcar em uma panela e, com o fogo em chama média, vá misturando até dissolver o açúcar. Deixe a mistura no fogo e, quando ferver, retire do fogo. Coloque o chocolate em pedaços e misture até derreter. Adicione a manteiga em cubos e misture mais até que ela esteja completamente incorporada. Deixe a panela descansando por cinco minutos e, então, acrescente os ovos batidos. Coloque a farinha e mexa com a ajuda de um fouet. 

Em uma forma redonda de cerca de 22 cm, forre o fundo com papel manteiga e despeje a massa. Asse em banho maria no forno a 220 graus por cerca de 40 minutos ou até que o centro da massa esteja firme. 

Quando tirar o bolo do forno, deixe ele esfriar até desenformar. Leve o bolo para a geladeira até a hora de servir. Para decorar, bati cerca de 300g de creme de leite fresco com uma colher de açúcar para fazer um chantilly. Por cima dele, coloquei morangos frescos cortados. 

  
O bolo fez tanto sucesso que a aniversariante comeu cinco pedaços em único dia!

    Bolo de abóbora com com cocada cremosa

    Sabe aquelas receitas que você vê uma foto e não tira a imagem da cabeça? Pois bem, a Revista Casa e Comida tem um concurso anual chamado Receitas de Família e uma das vencedoras desses ano conseguiu despertar lombrigas que eu desconhecia a existência na minha barriga. É simplesmente o bolo mais apetitoso que já vi na minha vida até agora: bolo de abóbora com cocada cremosa.


    E não é só na aparência que ele é maravilhoso. Ele é muito saboroso também. Obrigada à pessoa que compartilhou essa receita com a revista e você realmente mereceu o prêmio.

    Os ingredientes da massa são:

    • 4 ovos
    • 270g de abóbora crua (usei aquele de pescoço)
    • 2 xícaras de farinha de trigo
    • 2 xícaras de açúcar
    • 1 xícara de óleo de milho ou canola
    • 1 colher de fermento

    Bata no liquidificador a abóbora crua (não preciso reforçar que é sem semente e casca, né?), o óleo e um ovo. Em uma batedeira, bata as três claras dos ovos restantes, em velocidade média, até ficar firme, porém, sem ressecar. Coloque as gemas, o açúcar e continue batendo até virar uma mistura fofa. Aí, ainda em velocidade média, vá acrescentando parte da farinha e parte da mistura do liquidificador aos poucos (repita o processo 2 ou 3 vezes). Adicione o fermento e mexa com a ajuda de uma colher. Despeje a massa em uma forma de 45 cm redonda, untada e enfarinhada. Leve ao forno preaquecido (200 graus) por cerca de 50 minutos ou até o palito sair seco (no meu, isso aconteceu com uns 70 minutos).

    Enquanto o bolo assa, você prepara a calda. Ela leva:

    • 200 ml de água
    • 3 colheres de açúcar
    • um punhado de cravos (cerca de uns 8)
    • 2 canelas em pau

    Dissolva o açúcar na água, acrescente o cravo e canela e leve ao fogo. quando começar a ferver, deixe por 2 minutos e desligue. Deixe esfriando.

    Para cobertura de cocada você vai precisar de:

    • 1 lata de leite condensado
    • 1 colher de manteiga
    • 200g de coco ralado
    • 2 xícaras de leite

    Derreta a manteiga em fogo médio, acrescente o leite condensado e o coco. Misture até engrossar. Nesse momento, você despeja o leite. Continue mexendo até que essa mistura atinja uma textura cremosa e o leite evapore. Lembre que, quando esfriar, a cocada endurece um pouco, ok?

    Para montar o bolo, o ideal é que ele esteja frio. Com um garfo, faço furos em toda superfície e despeje a calda. Aí, é só colocar a cocada em cima, espalhando com a ajuda de um garfo, para ficar com uma aparência homogênea. O bolo é ultra fofo. E o sabor do cravo dá um contraste incrível com o doce da cocada.

    Copiando o América

    Em tempos de crise, comer fora é um ato de coragem e desprendimento financeiro. Por isso, fui atrás de uma receita que gosto muito do América para reproduzir em casa: a Caesar Pasta. Ela nada mais é do que um macarrão, molho branco com queijo e uns frangos grelhados por cima.

    Achei a receita no blog Dupla Gourmet. Mas fiz umas adaptações bem pequenas na minha versão.

    Para a receita você vai precisar de:

    • 4 filés de peito de frango
    • 500g de talharim
    • 1 copo de requeijão
    • 700 ml de leite integral
    • 3 dentes de alho espremidos
    • 1/2 cebola picada em cubinhos
    • 1 lata de creme de leite
    • 3 colheres de sopa de amido de milho
    • 8 colheres de sopa de queijo ralado
    • manjericão picadinho e sal a gosto
    • Azeite

    Eu sempre gosto de começar pelo molho. Em uma panela já quente, coloque um fio de azeite e jogue a cebola e o alho. Refogue por uns 2 minutos, sem deixar que eles fiquem dourados. Adicione o leite e o requeijão e, quando começar a ferver, acrescente o creme de leite e o queijo ralado. Em uma tigela separada, dissolva o amido de milho e incorpore no molho. Deixe ele engrossar um pouco e acerte o sal.

    Vamos para o frango. Eu temperei meus filés com uma mistura pronta de lemon & pepper, além de alho e azeite. Fritei na Air Fryer mesmo. Quando ficaram prontos, cortei os filés em tirinhas.

    Para terminar a preparação, enquanto cozinhava a massa, fiz a farofa de pão que vai por cima: esfarele duas fatias de pão e leve em um frigideira quente com azeite no fundo. Deixe virar uma farofa. Quebre os pedaços maiores com a ajuda de uma colher de pau. Acrescente o manjericão e um pouco de queijo ralado.

    Pronto. Para servir, eu gosto de misturar a massa e o molho, colocar uma porção no prato e decorar com as tiras de frango e a farofinha de pão, que nem no América.

    Mini-abóboras e grande sabor

    Tenho um problema: não posso ver uma mini-abóbora sem ficar tentada a trazê-la para a minha casa. Elas são bonitinhas demais para ficarem lá no mercado, quitanda ou feira. Fazia um tempo que eu não achava nenhuma que estivesse bonita e, quando vi umas bacanas, trouxe para casa sem nem pensar.

    Pensei em fazer com carne seca, mas estava afim de criar algo novo, então resolvi fazer uma versão de camarão na moranga com atum e mini-abóboras.

    Para o recheio você vai usar:

    • 2 latas de atum defumado (a Gomes da Costa tem)
    • 250g de requeijão cremoso
    • 1/2 cebola picada em cubinhos
    • 2 tomates (pode ser do Débora, que é mais durinho) picado em cubinhos 
    • Coentro a gosto
    • 3 colheres de alcaparras

    Abra as latas de atum e use o óleo para refogar a cebola. Quando ela ficar transparente, acrescente o tomate e mexa até começar a murchar. Coloque o atum e as alcaparras e mexa bem. Aí, acrescente o requeijão cremoso, mexa bem até ele amolecer e começar a esquentar. Coloque o coentro e reserve.

    Com essa receita, eu usei 3 abóboras. Lave bem e corte ao meio, tire as sementes e regue com um fio de azeite. Leve ao forno por cerca de 20 minutos. Tire e recheie. Salpique queijo ralado leve ao forno para gratinar e terminar de cozinhar a abóbora. O meu ficou um 30 minutos no forno alto.

    Você pode servir com arroz ou com uma salada. Ou ainda pode comer puro.

      

    Irish Breakfast

    Sempre que possível e, dentro da minha limitações de sabores, gosto de provar pratos locais. Quando vim para Irlanda, tinha em mente comer duas coisas: o Irish Breakfast e alguma das receitas de carne cozidas na Guiness.

    A receita com Guiness foi uma espécie de torta: um ensopado de carne feito com a famosa cerveja irlandesa é coberto com uma massa folheada. Sensacional de gostoso! E irei postar a receita em breve. 

    Mas sai do Brasil com uma coisa em mente: eu precisava experimentar um Irish Breakfast. Os ingredientes desse prato variam de acordo com a região, mas em Dublin, você provavelmente vai comer ovos fritos, cogumelos Paris, salsichas, black pudding (chouriço ou linguiça de sangue), white pudding (linguiça de porco com um gosto bem acentuado de alho), batatas cozidas, tomate e um pote com aquele feijão bem doce que se come na Irlanda e Reino Unido. Além de pão, óbvio!

    Para mim, funciona super como um almoço ou brunch. Adoraria como refeição de domingo facilmente. Só tiraria o black pudding, que não me desce muito bem. Vi gente comendo isso às 9 da manhã. Em Dublin, principalmente no centro da cidade, você encontra milhares de lugares para comer um. Vale muito experimentar!

      

    Farmer Browns

    Como já disse no post anterior, estou passando férias na Irlanda. Como estou hospedada na casa do meu irmão e da minha cunhada, temos comido bastante em casa. No entanto, como todo bom turista, é óbvio que também quero experimentar um pouco da gastronomia local. 

    Um dos lugares que eu fui é o restaurante Farmer Browns. A chef responsável pelo jantar, Thais Sampaio, é amiga do meu irmão e da minha cunhada e resolvemos prestigiar o trabalho dela. 

      

    O restaurante tem uma decoração super descolada, mas sem afetação. O lugar é bem famoso pelo seu brunch (não provei, mas aguei de vontade) e tem também um foco nos hambúrgueres. Confesso que eu fiquei bem em dúvida do que escolher, porque no cardápio do dia também tinha um peixe bem interessante.

    De entrada, nossa mesa teve uma costela divina, com um molho bem picante (irlandeses adoram temperos fortes pelo o que me foi dito), asinhasde frango com molho é uma bruschetta deliciosa. Apesar de não conseguir comer muito do tomate porque Clarice se apossou do mesmo, gostei bem do que provei.

    Acabamos optando por um hambúrguer, que só pelo tamanho já são uma atração! Gigantescos. Apesar de nunca deixar comida sobrando, nesse dia, não tive escolha. Mesmo com ele estando suculento na medida certa e bem saboroso! Você pode escolher o acompanhamento. Vá nas batatas temperadas com páprica. Não consegui pedir uma sobremesa.

      
    Para quem curte cerveja, a casa também tem uma receita própria. Mais detalhes do lugar e endereço aqui no site: http://farmerbrownsburgers.ie

    Crédito da foto da Thaís: Léo Pinheiro.

    Howth – Irlanda

    Estou de férias na Irlanda e, pela primeira vez, não estou em  hotel. Aproveitei que meu irmão e minha cunhada estão morando aqui para me hospedar na casa deles. A experiência de ir ao mercado e cozinhar em outro país é bem legal. Vemos coisas diferentes e podemos usar ali mesmo, sem esperar a volta para casa! Além de contribuir para a experiência de você sentir-se como um local. 

    No último domingo, resolvemos comprar um salmão em Howth, uma cidade portuária a uns 30 minutos de trem de Dublin. 

      
    A cidade em si é muito fofa! Parece saída de um seriado. Toda bonitinha, com um mar sensacional de bonito, uma praia bem diferente do que estamos acostumados.

    Logo que você sai da estação, há uma série de mercadinhos e restaurantes que vendem peixes e frutos do mar fresquinhos, além de coisinhas para usar em sua receita, como azeitonas, temperos, geleias, azeites etc.

      
    Mesmo que você não queira comprar nada para cozinhar, a cidade vale a visita. No dia que eu fui estava rolando uma feirinha que tinha barracas vendendo comidas para serem consumidas ali mesmo, porcelanas, produtos orgânicos e souvenirs da cidade e da Irlanda.

    Aproveitei para provar a chowder, uma sopa típica da Irlanda, feita com um creme branco, vegetais e frutos do mar. Sensacional! Já achei a receita para testar depois.

      

    Massa da preguiça 

    Sempre digo que massa é uma das receitas mais preguiçosas que existem. Costumava fazer espaguete com carne moída e molho de tomate quando batia aquele bode. Mas arrumei uma nova representante para esses momentos: rolinho de lasanha de espinafre. Os ingredientes são:

    • Folhas de um maço de espinafre
    •  1 lata de molho de tomate
    • 1 pacote (200g) de massa de lasanha
    • 1 pote de creme de ricota
    • 15 bolinhas médias de muçarela de búfala fatiadas 
    • 100g de queijo parmesão ralado

    Primeiro, cozinhe a massa da lasanha e deixe al dente. Escorra a água e coloque as folhas de lasanha em uma tábua. Espalhe o creme de ricota no centro, coloque algumas folhas de espinafre, um pouco de molho por cima, duas fatias de muçarela e espalhe um pouco de queijo ralado. Enrole cada uma das folhas como se fosse um rocambole. 

     
    Arrume os rolinhos em uma assadeira média, com o fundo coberto de molho. Ao terminar, pincele um pouco de molho sobre cada rolinho, coloque uma fatia de muçarela de búfala e salpique com queijo ralado e orégano e regue com um pouco de azeite. Eu usei um molho que já tinha tempero, por isso, não usei sal e achei o sabor bem satisfatório. Mas se gostar mais salgado, acerte o sal antes de fechar os rolinhos. Leve para assar em forno médio por cerca de 30 minutos. Curta uma preguiça com uma massinha bem gostosa! 

      

    Capril do Bosque

    Há algum tempo, a Revista Casa e Comida trouxe uma matéria sobre um lugar chamado Capril do Bosque. É uma pequena fazenda que produz queijos de cabra e possui também um bistrô. As fotos dos pratos e do lugar me deixaram encantada e ele  entrou para a lista de “places to visit” que mantenho. Aí, há alguns dias, achei uma matéria sobre turismo rural na Folha de S. Paulo que também rasgava elogios ao Capril do Bosque. Resolvi tirar o desejo do papel e me mandei para lá nesse último final de semana.

    Os motivos são vários: quero aproximar Clarice dos animais para ela ficar menos medrosa; adoro uma desculpa para viajar; queijo de cabra é o máximo; um lugar com um monte de pratos deliciosos repletos de queijo de cabra é imperdível; eles vendem os queijos que produzem e são bem fresquinhos; ah, quem precisa de motivo para ser feliz, não é mesmo?

    Chegando lá, além de achar a fazendinha um charme, bem como a casa onde o bistrô está instalado, decidimos primeiro conhecer todo o local num passeio pago (R$ 14,00 por adulto e crianças até 10 anos não pagam). Eles explicam tudo sobre a criação: alimentação, reprodução, maneira como tiram o leite, a produção do queijo e, se você tiver sorte como eu, ainda pode ver filhotinhos de cabra mamando. Eles estavam com algumas cabrinhas de até 10 dias super fofas. A visita é rápida: em 40 minutos, no máximo, você já viu tudo.


    Depois, partimos para o Bistrô do Capril. Vá sem o espírito paulista de serviço. Relaxe, espere e desfrute da vista para um enorme vale, o barulho das cabras e a calma do local. Os pratos são sensacionais de gostosos (apesar de eu achar que o risoto que eu pedi poderia ter menos limão siciliano para ressaltar mais o sabor do queijo de cabra). Não deixe de provar o couvert e o cheesecake de frutas vermelhas. Imperdível.

    O Capril do Bosque fica a 2 horas de carro da cidade de São
    Paulo. Como o lugar não é muito grande antes de ir, é sempre bom reservar antes. As informações podem ser encontradas no blog do lugar: http://caprildobosque.blogspot.com.br